Consultoria

Marília Duque alia seu background etnográfico às últimas pesquisas acadêmicas e tendências globais em envelhecimento para atuar como consultora na ideação, implementação, avaliação e aperfeiçoamento de produtos, serviços e políticas dirigidos ao público 50+. 

“Pensar o envelhecimento (e sua interface com a tecnologia) dentro de um negócio ou política é mais do que se atentar para discursos e práticas idadistas que resultam em exclusão. É fazer o caminho inverso, pensando em formas de incluir a pessoa idosa em todo seu potencial como consumidora e cidadã. É reconhecer particularidades, mapear barreiras, identificar oportunidades e desenhar soluções que respondam não só a necessidades, mas a desejos”

A consultoria resulta em contribuições aplicadas e adequadas à realidade da pessoa idosa idealizada como usuária – incluindo a possibilidade de validação de hipóteses e entregas com usuários reais. 

Para conversar sobre consultoria, entre em contato com mariliaduque@gmail.com

Experiência do Usuário Idoso

Insights etnográficos e mapeamento de usuários idosos, destacando a necessidade de se reconhecer que a velhice é heterogênea e que suas nuances não podem ser codificadas em um único perfil ou traduzidas em uma única experiência de usuário idoso.

Aporte Acadêmico

Insights e questionamentos a partir da produção científica disponível (quanti e quali no âmbito nacional e mundial) nas áreas de: tecnologia, saúde, envelhecimento, gerontecnologia, design, comunicação, consumo, antropologia, sociologia, política pública e ética.

Perspectiva do Consumo

Avaliação e contribuições para adequação da comunicação dirigida a consumidores idosos, check-list de termos e representações visuais, highlights de tendências no entrecruzamento de dados quali e quanti para aprimoramento de produtos, serviços e políticas.

Laboratório on Demand:
ideação x validação

Marília Duque conta ainda com uma extensa rede de pessoas idosas no WhatsApp, participantes de sua etnografia, que pode ser rapidamente acionada para testar as hipóteses e entregas oriundas de sua consultoria.

A validação com usuários reais pode mobilizar diversas técnicas de pesquisa e a contribuição de pesquisadores especialistas. O laboratório on-demand prevê suporte completo com desenho de termo de consentimento e rigor no tratamento de dados de participantes.

A etnografia como lugar de fala

Durante etnografia de 16 meses conduzida em São Paulo, Marília Duque combinou observação participante e entrevistas em profundidade com pessoas entre 50 e 76 anos. As entrevistas foram a base para análise de discursos e atitudes em relação ao uso de tecnologias, acesso à saúde e informação, trabalho, relações familiares, mobilidade, consumo, cidadania e busca de propósito na segunda metade da vida.

Já a observação participante trouxe a oportunidade de acompanhar usos e apropriações de tecnologia no contexto em que eles se dão, além do mapeamento de comportamentos a partir da vivência de experiências junto com os participantes.

Durante o trabalho de campo, a pesquisadora frequentou as atividades que preenchiam a rotina dos participantes: fez ioga, pilates, musculação e meditação; participou de encontros de empreendedorismo, vendeu cachorro-quente na festa da igreja, organizou desfile de moda com modelos 60+. Além disso, foi assistente de curso de smartphone e professora voluntária em cursos de WhatsApp e de apps de mobilidade em turmas abertas exclusivamente para a terceira idade.

Essas salas de aula foram essenciais para o aprendizado sobre os impactos do idadismo e da autoestima para o aprendizado e sobre o mapeamento de outros drivers para adoção de tecnologia como: tipo de dispositivo, tempo de aposentadoria, grau de escolaridade, profissão e tipo de domicílio, entre outros.

Esses aprendizados, consolidados na tese “Homo resiliens” e no livro “Ageing with Smartphones in Urban Brazil”, são aplicados durante as consultorias prestadas pela pesquisadora e resultam em insights e questionamentos sobre atitudes e comportamentos de pessoas idosas, reconhecendo que sua heterogeneidade não deve ser codificada na idealização de um usuário idoso único.